Em 2020, quando o mundo passou a enfrentar a pandemia da COVID 19, as emissões de CO2 ao redor do globo caíram 5,8%. Essa foi a maior queda da história, uma marca quase cinco vezes maior do que em 2009, quando o mundo passou pela crise financeira.
Já em 2021, a expectativa foi de retomada e de um crescimento de 4,8% nas emissões devido à recuperação da economia e ao aumento da demanda por carvão, óleo e gás.
Esse é um exemplo de como o crescimento econômico está diretamente ligado à quantidade de poluentes emitidos na atmosfera. E quando o mundo cresce economicamente, o consumo energético também aumenta.
As curvas mostram que há uma proporção entre o consumo de energia e emissões de CO2 nos últimos 30 anos. Quanto mais crescemos economicamente, mais energia consumimos e, consequentemente, mais poluímos.
Um crescimento econômico sustentável é pautado em um avanço econômico que garante a preservação do meio ambiente e bem-estar da população. Daí a importância de dissociarmos o consumo de energia elétrica e o crescimento econômico de emissões.
A dissociação desses fatores está relacionada principalmente a dois pilares: uma geração limpa, com produção de energia através de recursos renováveis como a energia solar, eólica, hídrica e de biomassa, e à soluções que visam à eficiência energética de sistemas, gerando maior economia e desempenho.
Nesse âmbito, o American Council for an Energy-Efficient Economy coloca que a eficiência energética é crucial no enfrentamento da crise climática, visto que proporciona redução no desperdício de energia, redução de custos e uma expansão acessível da geração através de recursos renováveis, sendo vital que mais políticas relacionadas ao tema sejam implementadas.
Autores: Renata Rech e Rafael Zanardo
Fontes:
International Energy Agency (IEA) – https://www.iea.org/world
American Council for an Energy-Efficient Economy – https://www.aceee.org/topic/climate-change-policy