A transição energética da china e o seu impacto global

A China é a economia que mais cresce no mundo desde 1980, com um PIB expandido em mais de 30 vezes. Nesse aspecto, a industrialização e a urbanização foram e são os principais motores dessa transformação. O rápido crescimento da produção industrial acompanhado do uso de energia fez com que a China se tornasse o maior consumidor mundial de energia em 2009.

Em se tratando de energia, a China representa hoje o maior mercado de energia solar, eólica e de veículos elétricos do mundo. Porém, apesar dos recentes investimentos na geração renovável, o país ainda é majoritariamente dependente dos combustíveis fósseis, sendo o maior consumidor de carvão do mundo, além de ser o país que mais emite CO2 na atmosfera desde 2005, responsável por em torno de um quarto das emissões globais.

Em 2020, o país anunciou que pretende atingir o pico de emissões de CO2 antes de 2030, além de uma série de medidas para alcançar a neutralidade climática antes de 2060, baseadas em três áreas: eficiência energética, energia renovável e redução do uso de carvão. Um dos objetivos é que a contribuição das energias de baixo carbono passe de 15% para 74% em 2060, e que a energia solar, utilizada para aquecimento e geração de energia, torne-se o maior recurso energético primário por volta de 2045, representando cerca de um quarto da demanda em 2060. No que se refere aos combustíveis fósseis amplamente utilizados hoje, a previsão é que a demanda de carvão caia mais de 80%, de óleo em torno de 60% e de gás natural em quase 45%. Enquanto à eficiência energética, pretende-se atingir níveis mais elevados através de uma regulamentação mais rígida, para que a eficiência energética, sozinha, contribua com em torno de um quatro da redução das emissões de CO2 em 2030.

Atingir os objetivos chineses é crucial para o combate as mudanças climáticas. Sozinho, o país pode diminuir a temperatura média global em 0,2 ºC até o final do século. As metas estabelecidas requerem que a China seja mais rápida do que muitos outros países em ir do pico de emissões para emissões líquidas zero.

Fonte: International Energy Agency (IEA) – https://www.iea.org

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